Prova

18-02-2011 00:46

Trabalho de Recuperação em Português – Professora: Silvia Luciana Duarte Machado

Aluno(a)_____________________________________________________________________

 

Por que as pessoas não gostam de você?

 

          Nos meus tempos de primário, havia na turma uma menina de quem ninguém gostava. Ela não fazia nada de especialmente desagradável, não dedurava os outros (...) O problema de Liliane era bem mais sutil. Ela fazia tanta força para ser amada que nós acabávamos odiando-a.

          Aparentemente, Liliane deveria ter sido uma das meninas mais populares da sala. Dava as melhores festas de aniversário, com mágicos, palhaços e presentes para cada convidado. Uma vez até alugou um clube para fazer uma festa caipira. (...) Entregava as lições no prazo, sempre limpinhas. E ela própria era toda limpinha e arrumada. Enfim, tudo estava certo. Mas, por baixo de tanta delicadeza, era evidente que Liliane só ligava para uma pessoa. Ela mesma.   

          Era incapaz de se interessar por quem quer que fosse. Pior que isso, fingia um interesse que não sentia. E fingia tão mal que todos percebiam. Nos a tratávamos com crueldade típica das crianças, implicando, debochando e excluindo-a de nossas brincadeiras. Embora me sinta culpada até hoje quando me lembro do dia em que a agarramos no banheiro, molhamos a saia dela atrás e saímos dizendo que feito xixi nas calças, sei que a culpa foi mais dela que nossa.

          Se você acha que os outros não gostam de você, lembre-se de que há grandes chances de a culpa ser sua. Pode estar forçando a barra, como Liliane. Ou, então, pode estar sendo crítico demais, ou descontrolado, ou tão tristonho que entristece os outros. Seja qual for a razão, você afasta as pessoas. Certamente, não percebe o que faz. Percebe apenas que não é convidado para as festas, que passa os fins de semana sozinho em casa, e que anda triste. Não ser amado é triste mesmo. Mas pode ser evitado. Veja se, por exemplo, você está cometendo algum desses erros.   

Você se queixa o tempo todo

          Vez ou outra, todos nós precisamos de um ombro amigo para chorar. Mas o chorão compulsivo é de uma chatice insuportável. Ele está sempre com um princípio de gripe. Ou com a própria. Trabalha mais que todo mundo e ninguém lhe dá crédito. A vizinha dele é uma megera. Ele teve tonteiras no ônibus ( os chorões costumam ser hipocondríacos ). Deve ser a pressão.

          Transcrevo aqui, quase que literalmente, a última litania que ouvi de um chorão compulsivo: “você não vai acreditar no que aconteceu ontem. Eu estava voltando para casa, ai meu carro enguiçou, bem no meio do engarrafamento. Chovia postes. E pergunta se eu tinha levado guarda-chuva... Aí, saltei, que jeito... quase me atropelam. Eu molhado que nem pinto e ninguém parava para me ajudar. Lá pelas tantas um cara me socorreu. Uma alma caridosa, mas lento como uma lesma. Levou um tempão para desenguiçar meu carro. Afinal chego em casa, meu irmão tinha mandado vir uma pizza, e o que deixou para mim? Uma fatiazinha de nada, borrachenta. Grande! De qualquer jeito estava meio enjoado, sabe aquela minha dor, aqui no lado esquerdo? Nem comi, fui deitar direto. Botei a cabeça no travesseiro, e daí a 2 minutos começou a festa. Na casa do vizinho, é claro. E, ainda por cima, minha avó telefona que o papagaio dela está doente, está perdendo todas as penas. Ela acha que é mau-olhado... Parece sina, tudo acontece comigo”.

         Pudera, não? Depois de papo desses, qualquer um se afasta e até papagaio perde as penas.

Você não escuta

          Se Deus se ocupasse dessas ninharias, certamente não submeteria ninguém à tortura de escutar a enxurrada de lamentações de um chorão. Mas o simples ato de prestar atenção no que os outros dizem é diferente. E a  verdade é que as pessoas que não escutam, como as que sempre se queixam, só estão interessadas em si mesmas.

          Moral da história: se você não está interessado nos outros, é pouco provável que os outros se interessem por você.

Mariana Tavares

 

 

 

Vocabulário e expressões

1- Procure no dicionário e escreva o significado das palavras sublinhadas:

 

a) “ Mas o chorão compulsivo é de uma chatice insuportável.” ____________________________________________________

b)” Trabalha mais que todo mundo e ninguém lhe dá crédito.” ____________________________________________________

c) “Os chores costumam ser hipocondríacos.” _________________________________________________________________

 

2- Reescreva as frases, substituindo as palavras sublinhadas por sinônimos:

a) “ Transcrevo aqui quase literalmente, a última litania que ouvi de um chorão compulsivo.”

____________________________________________________________________________

 

b) “A vizinha dele é uma megera.”

_________________________________________________________________________

 

3- Relacione as colunas:

a) “O problema de Liliane era bem mais sutil.                             (   ) insignificâncias

b) “Nós a tratávamos com a crueldade típica das crianças.”        (   ) destino

c) “Parece sina, tudo acontece comigo”                                       (   ) característica

d) “Se deus se ocupasse dessas ninharias...”                              (   ) delicado

 

4- Transcreva as frases substituindo os termos grifados por outros em linguagem formal:

a) “Ela não dedurava os outros”                   ___________________________________________________________________________

b) “Pode estar forçando a barra”. ___________________________________________________________________________

c) “Chovia postes” ____________________________________________________________________________

 

d) “Lá pelas tantas um cara me socorreu.” ____________________________________________________________________________

 

Compreensão do texto

1- Que atitudes a autora cita como motivos que levam as pessoas a se afastarem de alguém?

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3- Por que o chorão compulsivo é um chato?                    

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4- Você acha que todas as reclamações do chorão compulsivo tinham razão de ser? Por quê?

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5- O que o chorão quis dizer com a frase: “Parece sina, tudo acontece comigo”?

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6- Qual o pensamento final do narrador sobre os chorões compulsivos?

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7- Como são as pessoas que não gostam de escutar as outras?

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8- Explique, com suas palavras, a moral da história.

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 Exercícios de Sintaxe. Tipos de sujeitos - Circule os sujeitos e Classifique-os como: simples, composto, oculto ou indeterminado. 

01 "Pagam bem lá?" Nesta oração o sujeito é: _________________________________________________________

02. "Em nossa terra não se vive senão de política." Nesta oração o sujeito é: ______________________________________________________________

03. "Afinal, lá se está sempre contente." Nesta oração o tipo de sujeito é: ______________________________________________________________

04. "Precisa-se de operários para a obra." Nesta oração o tipo de sujeito é: ________________________________________________________________

05. "Os livros escolares devem ser tratados com carinho."  Nesta oração o tipo de sujeito é:

______________________________________________________________________

06. Meu amigo José estuda à noite. Nesta oração o tipo de sujeito é: __________________________________________________________________________

07. "Entusiasmo, garbo e disciplina caracterizaram o desfile." Nesta oração o tipo de sujeito é: ____________________________________________________________________________

Marque a alternativa correta:

08. O sujeito de uma oração é determinado quando:

a) O seu núcleo é um substantivo, palavra substantivada, pronome ou oração substantiva.
b) O seu núcleo é sempre um substantivo
c) O seu núcleo é sempre uma oração substantiva ou um substantivo
d) O seu núcleo é sempre um pronome pessoal ou um substantivo. 

09. Quanto à espécie, o sujeito de uma oração pode ser:

 a) Determinado ou indeterminado
b) Simples ou composto
c) As duas alternativas anteriores estão corretas.
d) Nenhuma alternativa está correta.

 10. A oração sem sujeito caracteriza-se por:

a) O sujeito está indeterminado.
b) Não se atribui o fato a nenhum ser.
c) O sujeito está simplesmente oculto.
d) O fato é atribuído a um ser determinado.

 

Leia o texto abaixo com atenção e a partir dele produza outro com a mesma moral da história.

 

 

 

                                      PEDRO E O LOBO

          O Pedro era um pastor. O seu trabalho era tomar conta das ovelhas enquanto pastavam. Mas por vezes ficava aborrecido por estar sozinho, sem ninguém com quem brincar e falar.
Um dia resolveu fazer uma brincadeira para se divertir.
          Desatou a gritar:
         - Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo!
         Os fazendeiros que ouviram a gritaria desataram a correr para ajudar o Pedro a afugentar o lobo, mas quando chegaram lá não havia lobo nenhum.
         O Pedro fartou-se de rir, mas os fazendeiros não acharam piada nenhuma à brincadeira e foram-se embora.
        No outro dia o Pedro resolveu fazer o mesmo.
        Desatou a gritar:
        - Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo!
       Os fazendeiros correram para ajudar o Pedro, mas não havia lobo nenhum. O Pedro desatou a rir, mas os fazendeiros ficaram zangados e disseram: - Este miúdo pensa que não temos mais nada que fazer! E foram-se embora.
      Passados uns dias os fazendeiros ouviram o Pedro a gritar:
      - Lobo, lobo, socorro, está aqui um lobo!
      E disseram uns aos outros:
      - Não nos vamos deixar enganar. Hoje ficamos aqui.
      O Pedro continuou a gritar porque desta vez era mesmo um lobo que lhe estava a matar as ovelhas.
      - Porque é que ninguém me ajudou? - perguntou o Pedro a chorar. Agora fiquei sem ovelhas.
      - Não te ajudamos porque pensávamos que era mais uma brincadeira - responderam os fazendeiros.


Moral da história: Nunca se deve enganar os outros.               

 

 

               Autor: Esopo

 

                                                                                                       Boas Férias

  

Prova 2

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